"Só há um jeito de caberem 7 bilhões de líderes no planeta. É sendo, cada um, líder de si próprio". Com essa frase, eu encerro uma de minhas palestras para professores. Falo sobre "Rompendo Paradigmas na Educação"...
Anyway, feito o meu comercial, não foi a palestra que me trouxe a este post.
Ontem, coloquei esta frase no meu Facebook e obtive respostas interessantes. Ei-las:
"Infelizmente o ser humano foi projetado para, estatisticamente, não ser o líder do bando, mas sim seguir um líder..." - Bruno;
"Mas e a vaidade de mandar em alguém, onde fica????" - Cris;
"Anarquia !" - Victor;
"BBooooA" - Hyago;
"Adorei !" - Andressa;
"Não é tão fácil ser líder de si próprio. Somos movidos por sentimentos e emoções. Acredito que devemos nos submeter a uma liderança mas ñ abrir mão da nossa reflexão." - Renata.
Bom, à Andressa e ao Hyago, agradeço pela força.
Minha querida irmã Cris, é fato... Nada impede que controlando a nós mesmo sejamos mordidos pelo bichinho da vaidade, mas... aí... já não mais nos controlaremos, não é? A vaidade é como uma isca jogada a um peixe, não importa o tamanho, pode ser uma tainha ou um tubarão. Uma vez que o peixe morde a isca, pode demorar, ele pode "espernear", mas nós o levamos para onde quisermos. De qualquer forma, "Controle seu destino, ou alguém o fará!"
Renata, como vou explicar mais abaixo, não tenho problemas em me submeter a uma outra liderança, mas tem que ser uma liderança de verdade. Não vale ser "representante do super-hiper-mega-ultra-líder-do-universo", com todo o respeito.
Ao Victor, digo que "o buraco é mais embaixo", qualquer dia, podemos discutir sobre o realmente é "Anarquia" e, se ele tem essa consciência, eu fico muito feliz. Ser líder de si mesmo, não quer dizer que devemos ignorar tudo à nossa volta e criar um mundo próprio... muito, muito pelo contrário.
Ao mano Centauri, digo que Ted Turner tem uma frase: "Lidere, siga ou saia do caminho". Acho-a bastante pertinente, o problema é que, se extrapolamos esse conceito para "o mundo", o que seria "sair do caminho"?
Costumo dizer que não há necessidade de líderes, apenas de coordenadores ("CO"!!). Aí, Victor!
Morei num lugar onde dizem que só existem dois tipos de pessoas "as que mandam e as que obedecem". Seguindo essa lógica, lá eu não existo, porque não suporto obedecer e, igualmente, não suporto mandar, mas... se sou forçado a escolher um... lógico que vou preferir mandar.
Digo sempre que não tenho problema em ser o "Sancho Pança" (viu, Renata?), mas o Don Quixote tem que ser "bom para ca!#$!#@$ramba". (isso explica também o título do post).
O nosso problema hoje é que todo mundo quer ser líder e ninguém sabe ser liderado!! As pessoas de um modo geral, no trabalho ou em associações ou em qualquer "grupinho", reconhecem apenas três tipos de líderes:
- O "tirano", aí fazem tudo porque tem medo dele;
- o "babá", aí fazem tudo porque ele é bonzinho toma conta e fica lembrando toda hora o que tem que ser feito e
- o "bobão", aí ninguém faz nada porque sabe que ele vai "lá" e vai fazer.
Agora, ninguém tem consciência de "fazer o que precisa ser feito" espontaneamente, confiando que o líder (COordenador) é só alguém que tem uma visão mais completa do que a sua, já que você está ocupado olhando apenas para o que você tem que fazer.
Não acredito que tenhamos sido projetados para seguir a um líder, os bandos foram projetados para terem líderes temporários e nós vivemos em bando. Acho que a melhor analogia que podemos retirar do mundo animal são os gansos voando em "V". Melhor exemplo de liderança, revezamento, consciência de grupo. Precisamos seguir, do mesmo modo que precisamos guiar.
Anyway. Há muito o que se falar sobre liderança. De fato, há muito material sobre o assunto, ainda escreverei outros posts também...
Termino, citando a majestosa "Dama de Ferro" que conduziu a Bretanha por mais de uma década, Mrs. Margareth Tatcher: Ser líder é como ser uma dama. Se você tem que ficar lembrando aos outros que é, é porque você não é!
Blessed be.
Ginnungagap
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