Perdi meu interesse nas pessoas,
Não consigo mais ver o sagrado na alma humana,
Pode ser pretensão, megalomania, sociopatia,
No fim das contas, quem diria?
Acredito que toda mente é insana,
Não me convenço de que há boas.
Somos bolhas na escuridão, reflexos,
Vermes controlando organismos complexos,
Crianças com uma fazenda de formigas,
Pessoas fingindo achar que são amigas,
Poços de hedonismo moldados pela ganância
Encharcados com a própria ignorância
Perdidos tentando sair da infância,
Iludimos, traímos, cuspimos e pisamos pela ânsia
De um equilíbrio que desconhecemos.
Algo que mesmo buscando nunca teremos
No fundo só há o nada, o abismo,
Não serve de nada o idealismo.
As mensagens estão aí e não as enxergamos,
A saída está na nossa cara, mas não notamos,
As mãos estão estendidas, mas não as juntamos,
Quanto mais caímos, quanto mais afundamos,
Mais não sentimos e mais nos golpeamos.
E, sem saber para onde, caminhando nós vamos...
“I feel it right now”.
Cabe fazer uma observação antes: O exageiro é uma ferramenta do poeta e do adolescente.
Blessed be
Ginnungagap
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Edmund Burke, poeta irlandês disse: "Há um limite, além do qual a tolerância deixa de ser uma virtude." - Não aceitarei comentários de baixo nível.