Sonetos Acrósticos
by Fernando Escobar
Densidade populacional é um
Engodo, pensando em estarmos
juntos
Sobram poucos lugares, talvez
nenhum
Com gente focada em mesmos
assuntos
Onde outrora havia paz, harmonia
Não se veem mais essas coisas
belas
Erramos, pois ,matando a empatia
Chafurdando a sós nas nossas
mazelas
Tentando mostrar o que nós não
somos
Altivos, fortes, seguros,
potentes
Desviamos para um vil hedonismo
Ocultos em particulares domos
Seguimos, aos outros,
indiferentes
Sem nenhum pingo de
companheirismo
Sozinhos na multidão
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Poetas como todos os seres
Obrigatoriamente comem,
Respiram, dormem, sonham, escrevem
Nadam perdidos pelos saberes
Eles também são muito felizes
Com suas vidas e seus amores
E nem por isso deixam as dores
São elas, no fim, suas matizes
Sem dor, não há boa poesia
Incrível, paradoxo eterno
Dor é alimento, ar e sonho
Aqui não se esquece
da alegria
Desdenha-la não seria terno
E a dor não é algo medonho
Dor poética
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Edmund Burke, poeta irlandês disse: "Há um limite, além do qual a tolerância deixa de ser uma virtude." - Não aceitarei comentários de baixo nível.