Aquele dia amanheceu como nunca... o sol brilhava como nunca; as nuvens estavam coloridas como nunca; os pássaros, lindos como nunca, cantavam como nunca. A Terra girava como nunca; os astros se moviam, como nunca; as pessoas falavam como nunca... era um dia como nunca...
Como nunca...
Como nunca, ele despertou, foi ao banheiro, fez sua assepsia, preparou o café, pôs a mesa, arrumou a cozinha, como nunca... Como nunca, ela ficou dormindo, ele a acordou com um beijo suave na testa, deu-lhe um abraço carinhoso como nunca...
Então, tomaram café, como nunca, se olharam como nunca, conversaram como nunca. Ele leu jornal, como nunca, ela viu TV... como nunca...
Eles conversaram mais, se abraçaram, se “cafunezaram”, se beijaram, como nunca.
Eles se tocaram como nunca e, naquela tarde (bela como nunca) ficaram em casa, como nunca...
Como nunca, eles não discutiram... Como nunca, eles se envolveram e se enroscaram e rolaram e suaram e lamberam e cheiraram, como nunca...
Com nunca, eles se despediram...
E se abraçaram e se beijaram, como nunca mais iriam fazer...
Fim
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Edmund Burke, poeta irlandês disse: "Há um limite, além do qual a tolerância deixa de ser uma virtude." - Não aceitarei comentários de baixo nível.