Nunca deixamos a escravidão. O Brasil sempre teve como "marca registrada" a relação incestuosa entre povo e elite com a Classe Média espremida no meio servindo de preservativo para essa orgia desenfreada.
Sempre fomos o país do atravessador, do explorador. Agora, mais do que nunca isso está de volta. Há alguns anos, aprovou-se uma lei segundo a qual governos não podem gastar mais do X % (acho que 60%) de seu PIB com folha de pagamento. Como todas as leis que "precisam pegar" aqui nesse país, esta também foi "devidamente driblada" (a analogia como futebol é mais do que cabível aqui!).
Em vez de reduzirem suas folhas inchadas, os governos das três esferas descobriram um novo meio de contratar pessoal: a terceirização. Assim, uma prefeitura ou governo, não contrata funcionários, mas contrata uma única empresa que lhe "presta um serviço" ao qual está "agregada" a mão-de-obra. Et voi lá: Voltamos aos "mercadores de escravos".
A "teta" é tão boa que até as empresas privadas (grandes conglomerados) resolveram deleitar-se nela. Pessoas viraram "recursos" e são trocadas como se troca um computador com defeito. Sem preocupação com direitos trabalhistas, com mudanças de humor ou qualquer outra característica humana.
Os terceirizados por sua vez, viraram uma categoria à parte. Mercenários, para não dizer prostitutas (com todo respeito às mães dos deputados), correndo atrás do maior salário, sem compromisso com quem assina sua carteira ou com a empresa para a qual verdadeiramente trabalham. Não têm confraternização de fim-de-ano, não têm sindicato (o efeito dos que existem é o mesmo que não existir) não tem motivação... Já ouvi a pérola dita por um suposto administrador de que "motivação é ter emprego!".
Há empresas públicas em que as pessoas trabalham há anos trocando periodicamente de empregador, ao sabor dos vencimentos dos contratos. Para alguns isso é o "crème de la crème" dos empregos, afinal, recebe-se o FGTS a cada período...
As pessoas não querem trabalhar. Pergunte a seus amigos "O que você faria se ganhasse na loteria?"... "Ah, eu nunca mais ia trabalhar na minha vida!!"... Como pode um país com esse tipo de mentalidade ir à frente? Não me julgo melhor do que ninguém (isso vai valer outro post), mas acho que cabe fazermos a reflexão. (Vai ficar para outro post também a relação dos bancos com o poder e com a produção! Aliás, vou fazer uma série de posts sobre os bancos, é de "fazer vomitar").
As pessoas verdadeiramente qualificadas acabam por conseguir emprego "de verdade" e os outros vão por aí, mendigando espaço e torcendo por uma chance de estar no lugar certo, na hora certa. (No meio do trilho quando o metrô vem chegando, por exemplo).
O pior é que com a educação sucateada, um diploma hoje se ganha na padaria, como brinde na compra do pãozinho, o futuro não é animador, o ciclo vai sendo alimentado com pessoas cada vez mais querendo "se encostar" no estado, que ganha dinheiro aos borbotões explorando o desemprego que ele mesmo causa através de concursos que não vão contratar 1/100 das pessoas que pagaram a inscrição...
Aliás, acho que você só deveria pagar a inscrição num concurso, depois de aprovado. O governo não deveria poder cobrar por dar oportunidade de emprego às pessoas a quem ele deveria dar educação e emprego.
Anyway. Ainda assim, sou otimista. Acredito que vou conseguir ajudar meus filhos a "cavarem" seu lugar à sombra (porque o sol é para todos, né?), acredito que vou ajudar meus alunos a serem pessoas e profissionais qualificados, para, quem sabe, um dia quando eu não estiver mais vivo, daqui a algumas gerações, a gente poder "bater no peito" e dizer com a boca cheia: "Ainda bem que eu saí do Brasil e estou aqui na Europa!".
Blessed be...
Ok... às vezes ou sutil demais... Muitos podem não entender que a "frase final" foi um "truque com as palavras". Quis dizer que o Brasil vai deixar de ser o Brasil e vai "virar" Europa...
Anyway...
Again: Blessed Be.
Sempre fomos o país do atravessador, do explorador. Agora, mais do que nunca isso está de volta. Há alguns anos, aprovou-se uma lei segundo a qual governos não podem gastar mais do X % (acho que 60%) de seu PIB com folha de pagamento. Como todas as leis que "precisam pegar" aqui nesse país, esta também foi "devidamente driblada" (a analogia como futebol é mais do que cabível aqui!).
Em vez de reduzirem suas folhas inchadas, os governos das três esferas descobriram um novo meio de contratar pessoal: a terceirização. Assim, uma prefeitura ou governo, não contrata funcionários, mas contrata uma única empresa que lhe "presta um serviço" ao qual está "agregada" a mão-de-obra. Et voi lá: Voltamos aos "mercadores de escravos".
A "teta" é tão boa que até as empresas privadas (grandes conglomerados) resolveram deleitar-se nela. Pessoas viraram "recursos" e são trocadas como se troca um computador com defeito. Sem preocupação com direitos trabalhistas, com mudanças de humor ou qualquer outra característica humana.
Os terceirizados por sua vez, viraram uma categoria à parte. Mercenários, para não dizer prostitutas (com todo respeito às mães dos deputados), correndo atrás do maior salário, sem compromisso com quem assina sua carteira ou com a empresa para a qual verdadeiramente trabalham. Não têm confraternização de fim-de-ano, não têm sindicato (o efeito dos que existem é o mesmo que não existir) não tem motivação... Já ouvi a pérola dita por um suposto administrador de que "motivação é ter emprego!".
Há empresas públicas em que as pessoas trabalham há anos trocando periodicamente de empregador, ao sabor dos vencimentos dos contratos. Para alguns isso é o "crème de la crème" dos empregos, afinal, recebe-se o FGTS a cada período...
As pessoas não querem trabalhar. Pergunte a seus amigos "O que você faria se ganhasse na loteria?"... "Ah, eu nunca mais ia trabalhar na minha vida!!"... Como pode um país com esse tipo de mentalidade ir à frente? Não me julgo melhor do que ninguém (isso vai valer outro post), mas acho que cabe fazermos a reflexão. (Vai ficar para outro post também a relação dos bancos com o poder e com a produção! Aliás, vou fazer uma série de posts sobre os bancos, é de "fazer vomitar").
As pessoas verdadeiramente qualificadas acabam por conseguir emprego "de verdade" e os outros vão por aí, mendigando espaço e torcendo por uma chance de estar no lugar certo, na hora certa. (No meio do trilho quando o metrô vem chegando, por exemplo).
O pior é que com a educação sucateada, um diploma hoje se ganha na padaria, como brinde na compra do pãozinho, o futuro não é animador, o ciclo vai sendo alimentado com pessoas cada vez mais querendo "se encostar" no estado, que ganha dinheiro aos borbotões explorando o desemprego que ele mesmo causa através de concursos que não vão contratar 1/100 das pessoas que pagaram a inscrição...
Aliás, acho que você só deveria pagar a inscrição num concurso, depois de aprovado. O governo não deveria poder cobrar por dar oportunidade de emprego às pessoas a quem ele deveria dar educação e emprego.
Anyway. Ainda assim, sou otimista. Acredito que vou conseguir ajudar meus filhos a "cavarem" seu lugar à sombra (porque o sol é para todos, né?), acredito que vou ajudar meus alunos a serem pessoas e profissionais qualificados, para, quem sabe, um dia quando eu não estiver mais vivo, daqui a algumas gerações, a gente poder "bater no peito" e dizer com a boca cheia: "Ainda bem que eu saí do Brasil e estou aqui na Europa!".
Blessed be...
Ok... às vezes ou sutil demais... Muitos podem não entender que a "frase final" foi um "truque com as palavras". Quis dizer que o Brasil vai deixar de ser o Brasil e vai "virar" Europa...
Anyway...
Again: Blessed Be.
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Edmund Burke, poeta irlandês disse: "Há um limite, além do qual a tolerância deixa de ser uma virtude." - Não aceitarei comentários de baixo nível.