by Ginnungagap

Afirmar é não negar, mas não negar não é afirmar!! O contrário também é verdadeiro.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Loucura nossa de cada dia

Se tem o louco, consciência de sua loucura
É ele, ainda assim, um louco?
Se vai à batalha sem vestir sua armadura,
É por crer em si, ainda que pouco.

Vive a vida, não foge do sofrimento,
Encara-a, sem freios, sem limites
Não chora, aflito, pedindo alento,
E grita ao mundo: "Estamos quites."

Se, diferente dos outros, aceita suas dores
É ele, ainda assim, desajustado?
Se fecha-se em casulo ou abre-se em amores,
Deve, por isso, ser julgado?

Diz o que pensa, sem medo da marca,
Sincero como se fora criança,
Ouve consciente a sanidade parca
Daquele que não o alcança

E nesse barco, pelo mar, navegamos todos iguais
Cada um, único, especial, diferente,
Tentando entender que somos loucos e normais
Movidos pela alma, guiados pela mente.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Belos versos de uma poetisa paraguaia...


Tan sólo
Josefina Plá

...Tan sólo una mirada,
una pupila sólo para todas las cosas.
Para la aurora y el ocaso,
para el amor y el odio,
para el amante y el verdugo,
la paloma y la víbora,
la estrella y la luciérnaga.

Solamente unas manos
para el cáliz y el látigo,
para la rosa y para el cacto.
Solamente unas manos
para la arena y el rocío,
para mecer la cuna,
y acariciar la sien del esperado,
y abrir el último agujero.

Una boca tan sólo
para el beso y el grito
y para la oración y la blasfemia.
Para el suspiro y la mentira,
para el perdón
y la condena.

Y tan sólo una sangre
para escuchar el tiempo,
para regar los sueños,
para comprar la herida y la agonía,
y destilar las lágrimas.

Ah, tan sólo una sangre
una boca, unas manos,
una mirada solo.
 



Blessed be.
Ginnungagap

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

M...

A gente vive fazendo m...
Machucando as pessoas
Mudando de humor
Marchando contra a corrente
Matando coisas boas
Mitigando  a dor
Mastigando o que sente

Mas, na hora que tudo acaba
Meninos e meninas que somos
Movemo-nos pra dentro da caixinha
Mesmo que a coisa seja braba
Muito nos impomos
Mais da mesma ladainha

Melhor isso do que se abrir
Mostrando o que pensamos
Misturando o que queremos.
Movamo-nos, que a vida vai seguir
Mansa se assim desejamos,
Mas intensa, tanto quanto podemos.

Blessed be
Ginnungagap.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O livro se fecha, quem leu, leu
Quem entendeu, entendeu
Quem viveu, viveu,
Aquilo que poderia ser eu.

Não tenho por que me expor mais
Não tenho por que ser demais
As dores eram infernais
Nos caminhos que cria serem astrais

Agora a pena e o respeito se vão
Agora as dores, dos outros, serão
Não abro mais o coração
Que lidem com a minha razão

Um dia quem sabe, acho outro alguém
Um dia me acham, sabe-se lá quem
A história nem só vai, nem só vem
Não posso, de mim mesmo, ficar aquém.

Não perco nunca a esperança, a crença
Não mostro mais confiança, só indiferença
Até  ver  verossimilhança, recompensa
Não mato em mim a criança, deixo-a mais intensa

Protejo-a das outras do mundo,
É, pois, o que somos lá no fundo,
Crianças perdidas atrás de um segundo,
Que seja de paz e seja profundo.

Paz profunda.

Blessed be you all, I´ve found peace now.
Ginnungagap.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Life a tennis match..,

Well, imagine a tennis match. That might be compaired to life... In a tennis match we may have a situation called match point. A single point which will decide the match. Simple, isn´t it? Quite.
Figure if in this particular match (someone's life, don't miss the analogy), the score is 0x6, 0x6 and in the third set your opponent scores 5 games against 0 of yours. So, here we are, at the sixth game of the third set, your service. You begin with a double fault, then your opponent makes two destroyer devolutions...
Now what? 0x6, 0x6, 0x5 (0x40)... Oh, fuck. You will loose badly. This would be the fastest and most humilating match in history... There's nothing left to do... Is that so?...
Imagine you could give up this game and play another match, like a chance to recover what you´ve lost or what you´ve done  wrong... This not that simple, is it?... No, it´s not.
Then you struggle not to loose the match. Why? Because you have your fans, you have your coach, you have disciples,  you have your self respect, you self esteem... (Do you?).
Anyway, somehow you find hidden forces where you don´t know and decide to make a single point. You throw the ball up and serve... Not a strong nor a much fast service, but the opponent makes a non forced error and you get an ace. Oh, God (God? This is just an expression, isn´t it?)... It´s somehow good to score... After such an awfull match, a tinny little taste of joy. But you can´t relief. The opponent still have a match point... You serve again and again, two more aces... "Fucking Hell, this is somehow pleasant... I´d like to have some more..." And you may. And you do. And you win the game... Now those three match points will be forgotten... You´ve already given the public something to think about.
Now, the score shows: 0x6, 0x6, 1x5... It´s your opponents service and there may be some extra match points. What can we do? A tennis match is a bitch...
Just play. One point at a time. Seize each one, live the moments without missing the big picture you have a long road to travel if you want to turn over this match... You can loose a few points (maybe a lot of points) but you can´t loose a single game anymore.
Will it be possible? Will you find the guts and the passion to keep playing? How many match points you´ll have to face against you? Nobody knows.
Pay attention! The opponent is throwing the ball up and the seventh game of the third set will begin...
Good luck...

Blessed be my friends.

Orgulho de ser cristão
Orgulho de ser umbandista
Orgulho de minha gestão
Orgulho de ser flamenguista

Orgulho de ser casado
Orgulho de ser solteiro
Orgulho de ser amado
Orgulho de ser inteiro

Orgulho do cachorrinho
Orgulho do filho querido
Orgulho até do vizinho
Orgulho de estar f...errado.

Orgulho de ser bacana
Orgulho da poesia
Orgulho de ser sacana
Orgulho da heresia

Orgulho do meu emprego
Orgulho bom, orgulho mal
Orgulho do desapego
Orgulho, pecado capital

Orgulho, orgulho insano
Orgulho de qualquer troço
Orgulho, queria, de ser humano
Orgulho, este não posso.

"Orgulho"

Blessed be my friends.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Belo Monte - Fonte confiável de informações...


Amigos,

Vou ter que viajar para a Amazônia...

Depois do vídeo “Gota d’água” dos “globais”, há uma enxurrada de vídeos falando sobre Belo Monte (antes já havia, mas um vídeo global sempre potencializa tudo, né?), aproximadamente fifty/fifty a favor e contra... Oh, e agora? Quem poderá nos ajudar? Tenho amigos em quem confio “dos dois lados”, confesso que não tenho elementos próprios para uma opinião abalizada sobre o tema...

Não vim aqui para defender ou para ser contra, muito pelo contrário... Em primeiro lugar acho que o debate é saudável (desde que ambas as partes estejam “de peito aberto” para as verdades uma da outra, o que invariavelmente nunca aconte, né?).

De toda sorte, estou fazendo uma coletânea de informações, vídeos, artigos de jornais e blogs, artigos científicos para tentar fazer uma “salada” e conseguir chegar a uma posição.

Não espero que me respondam dizendo sua opinião (talvez com mais links, mais artigos e mais fontes )... Espero que, cada um, antes, firme sua opinião, reflita sobre sua fonte de informações e desenvolva o senso crítico que esperamos de uma sociedade civilizada.

Para que não me acusem de estar “em cima do muro”: Se hoje, agora, a decisão fosse minha de aprovar ou não o projeto, eu o aprovaria, com base em tudo o que já li, vindo de fonte que julgo confiável. (O país precisa andar e não pode “estancar” num debate ideológico, afinal não é mais o PSDB quem está no governo, né? Risos. Se mais tarde eu descobrisse que estava errado, azar, faria o máximo para restaurar o que fosse possível, mas jamais me arrependeria de ter feito.)...

Anyway: 1) A decisão não é minha (ou é?)... 2) como dizia o sábio baiano: “Prefiro ser esta metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.”...

Vou ler tudo o que coletei, avaliar e decidir se mantenho ou não minha posição.

Agora deixem-me ir trabalhar, porque o chefe já está olhando de cara feia... hahaha...

Blessed be.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011


Everybody needs to fly
by Ginnungagap

I´m loosing the war
The world is stronger
I don´t have hope any more
The ugly is much bigger

I once had a dream
Like that rock 'n roll guy
But people can be mean
And hurt you and pass you by

The best inside people
I dreamt of getting out
But the worst in me in triple
People is instead pulling out

As a pretty singer says
Don´t wait for me to leave
To notice after some days
What from me you could retrieve

Problem: I myself  don´t know
How to dig inside my being
And give the world a glow,
Passion, life or wellbeing

I have yet much to learn
I have yet much to find
I don´t know if I´ll earn
But I´ll sure free my mind


Blessed be, my friends...

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Esses humanos...


Por que, diabos, as pessoas preferem ser sacanaeadas a serem contrariadas com educação?
É impressionante. Nunca paro de aprender sobre os seres humanos e nunca vou parar... Tenho um amigo que está passando pela experiência de se separar de um casamento que durou 17 anos (brutos, líquidos foram só uns 13).
Ele me contou que comeu o “pão-que-o-diabo-amassou”, sofreu, chorou, pensou em chutar tudo para o alto, mas não pode evitar a conclusão de que a relação acabara. Sua parceira, no entanto não aceitou, insistiu para que continuassem, não enxergando que era melhor viver só do que mal-acompanhada.
A relação já não fazia bem para os dois, um não dava mais energia para o outro, ao contrário, era só estresse, preocupação e desconsolo.
Qual o problema então? O problema é que em nossa sociedade hipócrita, um homem não sai de seu primeiro casamento após 17 anos sem ter arrumado outra mulher na rua...
Meretriz que deu a luz!!
Talvez, se ele tivesse arrumado outra, ela ficaria zangada por um ou dois meses e depois aceitaria conformada “a derrota”, mas “assim, só porque a relação acabou?”, “que m... é essa?”. Quantas relações falsas e frias não existem por aí? É melhor viver mal-acompanhado do que só!! (Já dizia a vó do Erasmo Carlos!)
Esse meu amigo me contou que, se a relação continuasse, certamente chegaria ao “final esperado por todos”, ou seja, ele certamente arranjaria uma nova paixão e sairia de casa para vivê-la. Ele acha, hoje, que deveria ter feito isso... Não entra na cabeça de ninguém que ele esteja se separando “por consideração à parceira”... Que sacanagem esse negócio de não querer sacaneá-la.
É uma espécie de consenso que, “por consideração” ele deveria continuar com a farsa, com a relação vazia. Afinal, na sociedade em que vivemos, olha-se para forma, não para o conteúdo... Quem está preocupado com conteúdo?
O fato é que ele saiu de casa para viver a experiência de se encontrar e para provocar na ex-parceira que busque se encontrar também... Como podiam estar juntos se não estavam inteiros, se não sabiam quem são?
Agora, o filho mais novo não quer mais contato, a mulher está aborrecida, porque não acredita que o “babaca” fez a coisa certa, acha que ele vai voltar atrás...
Todo mundo (bem, quase todo mundo) fica pressionando, sem entender, esperando que ele volte. Já pensaram? Que maldita quebra de paradigma, o cara sai de casa porque a relação acabou? E isso lá é motivo? Se essa moda pega? Muita gente quer dizer, deixa de ser “rebelde sem causa” e volta para casa já! Surreal...
O que ele houve é “você não vai agüentar”, “o pior ainda está por vir”... Surreal...
Tudo bem que separar é PhD.  Vai ser difícil organizar o orçamento, vai ter que morar mal, vai ficar sem ter o que comer algumas vezes, mas, mulher da vida que trouxe ao mundo um rebento, e daí? What can we do? Life is a bitch.
Eu dou apoio ao meu amigo. Se ele quiser ficar sozinho, que fique, se quiser se isolar, que se isole, se quiser conversar, que venha conversar, se quiser sexo... que vá para uma termas!
Mas fica a lição... Se você tiver que contrariar alguém, não o faça com respeito, sacaneie, pise, seja escroto, porque, com consideração as pessoas não entendem, não aceitam, não conseguem digerir.
Esses humanos não sabem ser contrariados sem poder sentir raiva...
É uma pena...

Blessed be...

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Mais um Textículo (título no final).


Aquele dia amanheceu como nunca... o sol brilhava como nunca; as nuvens estavam coloridas como nunca; os pássaros, lindos como nunca, cantavam como nunca. A Terra girava como nunca; os astros se moviam, como nunca; as pessoas falavam como nunca... era um dia como nunca...
Como nunca...
Como nunca, ele despertou, foi ao banheiro, fez sua assepsia, preparou o café, pôs a mesa, arrumou a cozinha, como nunca... Como nunca, ela ficou dormindo, ele a acordou com um beijo suave na testa, deu-lhe um abraço carinhoso como nunca...
Então, tomaram café, como nunca, se olharam como nunca, conversaram como nunca. Ele leu jornal, como nunca, ela viu TV... como nunca...
Eles conversaram mais, se abraçaram, se “cafunezaram”, se beijaram, como nunca.
Eles se tocaram como nunca e, naquela tarde (bela como nunca) ficaram em casa, como nunca...
Como nunca, eles não discutiram... Como nunca, eles se envolveram e se enroscaram e rolaram e suaram e lamberam e cheiraram, como nunca...
Com nunca, eles se despediram...
E se abraçaram e se beijaram, como nunca mais iriam fazer...
Fim

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Poesia, numa hora dessas?

Blessed friends, sei que estou mais para "poeteiro" do que para poeta, mas não resisto a escrever uns versos de vez em quando. A poesia é a hipérbole da existência... Anyway, o título está no final. - Blesse be.


sofro a dor da desilusão...
sofro a dor doída da desilusão...
sofro a doida dor doída da desilusão...
dói-me a doida dor doída da desilusão.

choro as lágrimas da lamentação...
choro as lágrimas lancinantes da lamentação...
choro as lentas lágrimas lancinantes da lamentação...
laceram-me as lentas lágrimas lancinantes da lamentação...

ouço o som da solidão...
ouço o som surdo da solidão...
ouço o seco som surdo da solidão...
soa-me o seco som surdo da solidão...

busco o alento da amizade...
busco o alento aconchegante da amizade...
busco o apoiador alento aconchegante da amizade...
anima-me o apoiador alento aconchegante da amizade...

reflito, pois sofro, pois choro, pois ouço, pois busco...
porque dói-me a busca,
porque soa-me o choro,
porque lacera-me o que sofro,
porque anima-me o que ouço.

E sozinho, amigo, só me resta lamentar a desilusão...

Ecos de uma ilusão.
Ginnungagap.