Se tem o louco, consciência de sua loucura
É ele, ainda assim, um louco?
Se vai à batalha sem vestir sua armadura,
É por crer em si, ainda que pouco.
Vive a vida, não foge do sofrimento,
Encara-a, sem freios, sem limites
Não chora, aflito, pedindo alento,
E grita ao mundo: "Estamos quites."
Se, diferente dos outros, aceita suas dores
É ele, ainda assim, desajustado?
Se fecha-se em casulo ou abre-se em amores,
Deve, por isso, ser julgado?
Diz o que pensa, sem medo da marca,
Sincero como se fora criança,
Ouve consciente a sanidade parca
Daquele que não o alcança
E nesse barco, pelo mar, navegamos todos iguais
Cada um, único, especial, diferente,
Tentando entender que somos loucos e normais
Movidos pela alma, guiados pela mente.
É ele, ainda assim, um louco?
Se vai à batalha sem vestir sua armadura,
É por crer em si, ainda que pouco.
Vive a vida, não foge do sofrimento,
Encara-a, sem freios, sem limites
Não chora, aflito, pedindo alento,
E grita ao mundo: "Estamos quites."
Se, diferente dos outros, aceita suas dores
É ele, ainda assim, desajustado?
Se fecha-se em casulo ou abre-se em amores,
Deve, por isso, ser julgado?
Diz o que pensa, sem medo da marca,
Sincero como se fora criança,
Ouve consciente a sanidade parca
Daquele que não o alcança
E nesse barco, pelo mar, navegamos todos iguais
Cada um, único, especial, diferente,
Tentando entender que somos loucos e normais
Movidos pela alma, guiados pela mente.