by Ginnungagap

Afirmar é não negar, mas não negar não é afirmar!! O contrário também é verdadeiro.

sábado, 16 de julho de 2011

Textículos encontrados...

Nesta última semana, "varrendo" uma pilha de CDs sem qualquer inscrição, encontrei meus textículos. (Já deu para notar que eu me amarro no trocadilho, não é?). A todo instante que posso falo nos meus textículos. Anyway, o que, afinal, são esses textículos?
Bom, até Moonrise, eu só escrevia pequenas crônicas e contos.Também tinha o hábito de escrever pequenos aforismos ou versos que, uma vez juntei quatro numa mesma página e chamei-os de "Textículos". Daí, surgui o nome do primeiro livro que registrei "Textículos e Textos". Tenho pensado em relançar os "Textículos", mas há muita coisa que não já não penso do mesmo jeito que pensava entre os 19 e os 21, 22, com alguns"enxertos" bastante recentes.
De toda sorte, encontrá-los me fez muito bem, então, vou compartilhá-los por aqui, na medida em que eu os for lendo... Já postei o "Texto da Loucura", hoje posto o primeiro e original "Textículos" (cabe lembrar que meus títulos sempre ficavam no final do texto (ou do textículo)).

Blessed be.

 Em toda a tua vida, ama!
 Ama muito!  Ama a tudo e a todos!
 Mas, em primeiro lugar:
 Ama a ti próprio!
 Descobre-te e te conhece,
 Respeita-te, porque,
 Quando amares alguém,
 Mais do que te amas a ti próprio,
 Estarás jogando fora
 O maior amor da tua vida.     
     "EU ME AMO."                                      
                                                  Incrível como se consegue
                                                  fazer do fácil, por  mais
                                                  valoroso  que  este  seja,
                                                  algo chato e desestimulante.
                                                                 "PHODA"
 O chato de "jogar" e ter de
 defender-se das defesas  do
 vicio de um circulo.
        "ARMACAO"                           

         

         Amo-te demasiadamente
         Porém tu, com tuas defesas,
         Me obrigas a despertar
         Um lado que mantive adormecido,
         Pensando seres, tu, alguém diferente
         Como eu sou...
         Todavia não te culpo se
         Hoje brincas comigo
         Mas, mesmo assim, te aviso:
         Valoriza o que tens!
         Porque, assim, estarás valorizando a ti própria.                    
                         "PARA TI" 


"TEXTÍCULOS"



segunda-feira, 11 de julho de 2011

Texto da Loucura...

Friends and brethren and sisters,

O texto a seguir foi um dos marcos da minha vida. Escrevi-o aos 19,  como que psicografando, sem parágrafos, sem saltos de linha tal como vai agora. Foi muito bom para mim relê-lo, tenho certeza de que hão de gostar.
O título, como todos os títulos dos textículos e textos, está no final. Eu sempre escrevia primeiro e punha o título depois...

Blessed be.

Loucura... o que é loucura ? Eu sou louco? Você é louca? Quem é louco? Ser louco é ser diferente? ... Não, nós somos diferentes dos loucos...A loucura é criação da obra inventada pela sociedade, que chama rótulo. Quem é são? Que é louco? Louco, maluco, loucura, maluquice... Por que alguém é louco? Alguém é louco? Se alguém é louco, então... quem é alguém ? ... Ser louco é sair da lógica? Ser louco é não ter lógica? Não! É sair da lógica... Lógica?! Que lógica?! O que é lógica?! ... Lógica, é uma menina muito inteligente que anda por aí, sonhando com um mundo perfeito. Filha da Razão com o Bom Senso e irmã de um menino chamado Rótulo, que é mais novo do que ela, e, praticamente, foi criado pela irmã, sob fortes influências dos pais... Ih! ‘Tá confuso. Razão, Bom Senso, Rótulo... o que é isso tudo? Isso, ou esses, são os parentes de uma menina sapeca chamada Loucura, que fugiu de casa, logo que nasceu, por não gostar de coisas monótonas ... Ahh! Isso é que é loucura!? É! Mas... se a Loucura é filha da Razão com o Bom Senso, portanto, irmã do Rótulo e da Lógica, por que os loucos não tentam convencer os outros a saírem da monotonia? Ora, isso é simples, ninguém acredita neles. Ninguém gosta dos loucos. A irmã, Lógica, por sua vez, tenta compreendê-la. Mas, coitada da Lógica, é muito mais burrinha que a irmã!Ser lógico é ser burro?  Não, de maneira nenhuma, para se ser lógico, tem-se de ser inteligente. Quando se é muito lógico, aí, quase se é louco. Ser louco é estar muito acima da Lógica... Por que é certo dizer isso e é errado dizer o contrário? Dizer o quê? Que loucura é mais do que lógica... Isso não é rótulo?  Pode ser, mas ninguém falou em certo ou errado. Isso e o Rótulo dependem do Padrão! O que é Padrão? O que ele tem a haver com essa história? É o seguinte: Padrão é um cara quadrado com pontas arredondadas de linhas retas, tortas, riscando seu corpo inteiro. Ele brigou com a Feiúra, porque ela disse que se parecia com ele e, aí, casou-se com a Sociedade, criando a Beleza, o Certo e o Errado. Esse último, não fazia nada que o pai queria e foi expulso de casa pela mãe. Onde entram o Rótulo, a Lógica, a Razão, o Bom Senso e a Loucura? Bom, a Razão, já era filha da Sociedade com o Homem e, depois que ela se casou, seu irmão, Certo, e seu filho, Rótulo, afastaram de vez o pobre Errado da Sociedade, fazendo-o ir morar com a sobrinha Loucura. A Feiúra foi aceita de volta na família (graças ao ego da Beleza), mesmo contra a vontade do Padrão, e começou a se aproximar da Lógica, que continuou querendo entender todo mundo... Legal! Mas ainda ‘tá confuso... Homem, Sociedade, Razão, Lógica, Bom Senso, Rótulo, Padrão, Certo, Beleza, Feiúra, Errado, Loucura... Falta alguma coisa. ... Eu ainda não sei o que é ser louco! Ser louco, é ser obrigado, pelo Rótulo e pelo Padrão, a ser errado. Ser louco é fugir do padrão, é conhecer o outro lado da lógica, é ser discriminado pela sociedade, é não ligar para certo ou errado, feio ou belo, é não ter, absolutamente, nada no caminho entre você, sua liberdade e os seus sentimentos... Opa?!? Liberdade, sentimentos... Humm! Isso não ‘tava na história. O que é liberdade? O que são sentimentos? Bom, aí já é mais difícil de explicar... Liberdade... é uma montanha... muito alta... que a Sociedade e o Homem tentam escalar, levando consigo, ou melhor, com a ajuda do Rótulo, do Padrão, do Certo e do Bom Senso... E muitos através da Lógica. Sendo que, apesar de ter sido puxada p’ra baixo, a Loucura já esteve lá em cima uma vez... ‘Tá! E sentimentos?  Bom, sentimentos são forças que o Homem tem e que, de repente, podem fazê-lo embaralhar tudo e causar o maior rebuliço, fazendo-o sair da lógica, sem que a Sociedade seja convencida pelo Padrão, de que ele está louco. Dessas forças, a mais forte é o Amor, que a Sociedade está matando gradativamente, instigada pela Razão, porque ela (a força do amor) não pode ser entendida pela lógica e leva o homem p’ra bem perto da loucura... Existem outras forças? Sim, dos mais variados tipos. A felicidade, por exemplo, é totalmente utópica na sua forma mais plena (aliás, como quase todas as outras); a dúvida e a confusão, que fazem o Homem correr p’ra a Lógica ou cair na Loucura (a curiosidade tem o mesmo efeito); o ódio, que é o amor reprimido, ou assassinado, que toma a intenção oposta; o medo, que é gerado pelo excesso da Razão ou pela falta de outra força, a confiança. E mais uma série de outros sentimentos... Ahh! Então, ser louco é ter sentimentos! Quase. Ser louco é tê-los com a máxima plenitude; é não se esforçar para contê-los. Ser louco, é ser lógico, fora dos padrões; é sentir o certo (p’ra você) na hora errada (p’ra sociedade); é fazer o que quer, quando quer; é ser livre de tudo o que altere seu comportamento instintivo; é criar a sua lógica, a sua razão; é ter o seu próprio bom senso; é não rotular (por já ser rotulado); é estar além da compreensão de todos; é escrever e dizer um monte de “besteiras que não levam a nada”; é por p’ra fora o que lhe sufoca; é ser chamado de louco e dizer “Por quê?”; é tentar mudar costumes milenares da sociedade, utilizando um raciocínio que ela criou; é gozar da sanidade insana de não ter limites para a imaginação; é simplificar o mundo p’ros seus olhos; é não poder ser definido; é fugir da sua própria educação. ... Ser louco, não é! O que é ser louco, pô? Quem é louco? Por que se tem de ser isso p’ra ser louco? Quem disse que isso é loucura é um louco. Não sabe nada sobre loucura... Eu sou louco? Você é louca? Nós somos loucos? Por que a loucura existe? A loucura existe? Ser carente é ser louco? Se somos carentes, somos loucos? Somos carentes de loucura? Ou loucos de carência?! O que é ser louco? Por que se é louco? P’ra quê? Qual a vantagem? ... Loucura... louco... maluco... maluquice... Sociedade... louca? ... Se não, quem é? Se for, quem não é? Ihhh... Chega! Acho que eu ‘tô ficando doido...

A lógica de loucura vista, erradamente, com bom senso, pelo ponto vista certo dos padrões não rotulados pela sociedade.